
Fixo só o prego
Hoje vou reproduzir na coluna a exposição coletiva que participei no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto como artista, em janeiro de 2019, com o grupo do Parque Lage na batuta das curadoras e professoras Ana Miguel, Brígida Baltar e Clarissa Diniz. Logo na apresentação elas escrevem: “Por sua vez, Aline Reis, tomada pelo desejo de circunscrição filosófica da prática artística, batizou esta exposição coletiva a partir de uma obra que é um comentário em torno de tópicos que atravessaram nossas Conversas de arte, como a imagem, a história, o espaço, o político, o tempo. Ao fazê-lo, encarna o saber que foi coletivamente construído ao longo de 2018, do qual as obras aqui presentes são, como um prego, cúmplices. Coniventes com aquilo que se mantém pregado, mas, principalmente, com aquilo e aquelxs que escapam à pressão do furo.”

No texto do catálogo, elas dizem: “Aline Reis mergulha profundamente nos seus estudos de filosofia. Mas é no assunto da arte que seu pensamento se torna mais complexo, instigando-se. Aline quer saber que imagem, que obra, que atitude podem surpreender e ir além das palavras já escritas e envolvidas no sistema de arte. Nesse processo de procura, constrói colagens, rasgos, apagamentos, invisibilidades: novos e interrogantes textos e objetos. A busca de sentido para Aline a faz chegar na coisa mesma. Com sua pequena e amassada bolinha traz a coisa heideggeriana para a exposição. Além disso, cria uma frase que ecoa em todo o espaço e inspira o título da coletiva.”

Conversas de arte é o nome do curso capitaneado por Ana, Brígida e Clarissa que reunia Aline Reis, Ana Carolina Vieira, Clara Veiga, Daniela Vignoli, Débora Guimarães, Dulce Lysyj, Everson Verdião, Fernanda Mafra, Lucas Cypriano, Marcella Araujo, Márcia Falcão, Marcia Ribeiro, Mariana Hermeto, Paula Águas, Regina Pessoa, Veronica Peixoto e Ygor Landarin.
ALINE REIS | 6 setembro 2023
