“Tamoia-Califa”, de Marcus André

Gaby Indio da Costa organiza “finissage” com visita guiada e bate-papo com o artista e a curadora Heloisa Amaral Peixoto

Completando uma década de atividade, a galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea ampliou o espaço expositivo, comemorado com a exposição “Tamoia-Califa”, do artista Marcus André. A individual apresenta cerca de 25 obras inéditas e o lançamento do múltiplo serigráfico “Califórnia”, desenvolvido por Heloisa Amaral Peixoto, que assina o projeto curatorial.

Encerrando a exposição, no dia 18 de agosto, às 19h, acontece visita guiada seguida de bate-papo com o artista e a curadora.

Heloisa Amaral Peixoto, Marcus André e Gaby Indio da Costa

Tamoia-Califa nas palavras da curadora Heloisa Amaral Peixoto

A partida para a escolha de um múltiplo serigráfico do artista Marcus André teve inspiração na sua obra instalativa vencedora do prêmio “Projéteis Funarte 2006” realizada no hall do icônico edifício modernista Palácio Capanema, no centro do Rio de Janeiro. Desde que o artista se propôs a executar uma pintura mural de grande porte, de caráter panorâmico e espacial, utilizando a têmpera e a encáustica, duas técnicas milenares, estabeleceu-se na sua produção um tipo de ritual narrativo formal de interpretação bastante singular do que entendemos como “paisagens”. Na experiência de conduzir a sua expressão de modo integrado aos aspectos arquitetônicos do entorno, o artista incorporou as premissas do contexto muralista e levou para as suas pinturas uma série de propostas estruturadas na superposição de linhas e outros grafismos. Consciente de que o seu percurso é compreendido dentro de uma poética intercambiável, no diálogo entre procedimentos e métodos produzidos para diferentes fins, e no seu caso em especial, na prática íntima com a xilogravura, Marcus André passa a rearticular as suas pesquisas trazendo de volta a superfície do seu suporte, a madeira. Deixando mais exposta a matéria, ele explora a sua textura e aparência natural, assim como determina as áreas de intervenção cromática, aplicando as suas técnicas combinadas. Esse procedimento vem acompanhado desta vez de elementos geométricos mais ampliados, que ganham mais contornos e volumes, e ainda sugerem um plano de terceira dimensão. Seus recentes trabalhos produzem uma sensação de apropriação de ingredientes de raiz cultural popular, entretanto há uma presença da metrópole invadindo a pintura. Nesse duplo contato com a tradição artesã e da cultura de massa, própria do cenário urbano, as suas formas e signos se acomodam na madeira. O suporte material é também poético. Partindo da natureza vão se encadeando a criação, a transformação e a síntese, e uma inédita visualidade vai se revelando em simples e eloquentes acontecimentos.

Serviço:
“Tamoia-Califa” – individual do artista Marcus André
Curadoria: Heloisa Amaral Peixoto
Exposição: até 19 de agosto de 2022
Visitação: de segunda a sexta, das 11h às 18h ou sob agendamento
Local: Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea
Endereço: Estrada da Gávea 712/ 4º andar, São Conrado

Assessoria de imprensa exposição: BriefCom Assessoria de Comunicação/Bia Sampaio: +55 21 98181-8351/biasampaio@briefcom.com.br
Marcus André (Rio de Janeiro, 1961) vive e trabalha entre Rio e Búzios. Frequentou cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 1978 e 79 e em 1984 participou da exposição ‘Como Vai Você, Geração 80?’. Em 1985 cursou a Parson’s New School of Social Research Printing, em Nova York. De volta ao Brasil, recebe o prêmio no XIII Salão Nacional de Artes Plásticas e realiza individuais de pintura na Funarte Projeto Macunaíma/ Espaço Alternativo RJ, Projeto Centro Cultural São Paulo / Pavilhão da Bienal Ibirapuera e MASP SP. Representa o Brasil em Bienais no México, Cuba, Equador e Japão. Recebe os prêmios de aquisição em pintura no Museu de Arte de Brasília DF e na Mostra Internacional de Gravura Curitiba PR.  A partir de 1995 é contemplado com as bolsas: Primeiro Programa de Bolsas RioArte 1995-96, tendo na comissão os críticos e professores Heloisa Buarque de Holanda e Ronaldo Britto, O Artista Pesquisador MAC Niterói RJ 1998, Bolsa FAPERJ / Fundação de Apoio a Pesquisa 1998 e The Pollock-Krasner Foundation Inc. Grant NY 2007.