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Fayga Ostrower: formações do avesso

20 mar – 25 jul 2021

7103 (1971), xilogravura, 32 x 72 cm / 40,5 x 80 cm, Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio. Foto Vicente de Mello

Curadoria conjunta da equipe curatorial do MAM Rio, formada por Beatriz Lemos, Keyna Eleison e Pablo Lafuente, e da equipe de Educação e Participação, com Daniel Bruno, Gilson Plano e Shion Lucas

A exposição integra as comemorações do centenário do nascimento da artista e traz uma perspectiva da reconhecida gravadora, apresentada também como importante educadora e crítica de arte. A mostra apresenta um panorama de sua obra, reunindo cerca de 80 trabalhos em diálogo com seu pensamento sobre arte e sua prática em educação, desenvolvida durante anos no MAM Rio. 

As obras selecionadas fazem parte do acervo do MAM Rio e da Coleção Gilberto Chateubriand, em comodato de longa duração no museu, e incluem trabalhos recentemente doados ao museu pelo Instituto Fayga Ostrower. Juntas, as obras compreendem um panorama de sua produção em gravura e tecido, pertencentes a diferentes períodos de sua trajetória e que possibilitam um estudo apurado sobre o abstracionismo informal na arte brasileira e o uso das cores na técnica da gravura. 

O pensamento educacional da artista será mostrado com trechos de seus textos, livros e arquivo documental. Desta forma, trazemos ao debate as relações entre a prática em educação e a criação artística na vida de umas das figuras importantes para a história do MAM Rio, do Bloco Escola e da cena de arte do Rio de Janeiro e do Brasil.

Texto curatorial

Entre a forma e o sensível, Fayga Ostrower habitava constantemente as divisas, trazendo para si a potência libertária de se permitir a contradição. A artista defendia a estrutura, o rigor e o método na mesma intensidade em que afirmava uma proposta democrática e intuitiva sobre o aprender com as artes, com atenção aos acasos e contrastes do mundo.
Neste lugar onde universos díspares se esbarram, se fundam e se complementam, Fayga construiu uma longa história protagonizada pela arte e pela educação. Ao comemorar o centenário de nascimento da artista, o MAM Rio parte destes dois pilares, firmando seu importante papel como educadora, teórica e crítica de arte.
Fayga Ostrower: formações do avesso apresenta um panorama de sua produção em diferentes técnicas e períodos, que possibilitam uma reflexão sobre o abstracionismo informal e o uso das cores na técnica da gravura. Em consonância, o pensamento pedagógico da artista, presente no espaço por meio de trechos de seus ensaios e livros, preenche o ambiente com cores e palavras.
A exposição é também uma celebração da recente doação de 69 obras ao MAM Rio pelo Instituto Fayga Ostrower, e coincide com o reinício das atividades do Bloco Escola, do qual Fayga foi uma figura-chave.

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