Rose Aguiar é artista visual e vive em Nova Friburgo (RJ)
Pós-Graduação em Artes, Educação e Tecnologias Contemporâneas pela UNB ProInfo (2005), Pós-Graduação em Educação Estética UNIRIO – RJ (2004) Lato Sensu de Pós-Graduação – Especialização em Planejamento Educacional – Associação de Educação e Cultura Oliveira Salgado -Faculdades Integrada s de São Gonçalo – RJ (1992), Graduação – Formação ao Magistério em Educação Artística – Licenciatura Plena – Instituto Bennett de Ensino/Faculdades Integradas Bennett (1978)


- Fale um pouco sobre seu trabalho
Eu trabalho com arte desde os meus 15 anos. Já trabalhei com gravura, desenho, pintura e atualmente, nos últimos 20 anos, eu tenho trabalhado com fotografia e tenho desenvolvido um trabalho criativo imaginário transformando fotos reais em fotos diferenciadas através da água.

- Qual sua visão sobre a inclusão das artes visuais neste universo virtual em expansão?
A minha visão da inclusão da arte nesses tempos de rede sociais eu já faço há quatro anos exposição na galeria EIXO que é praticamente uma galeria virtual. Ela já funcionava virtualmente antes mesmo da pandemia. Atualmente na quarentena tem surgido muitas oportunidades e diversas galerias tem aberto esse espaço virtual que é muito interessante. Eu já fiz exposição esse ano que passou na galeria Zagut na Heclectik galeria em Portugal e na Galeria Colorida em Lisboa essa foi até presencial mas infelizmente não puder ir. Eu estou atualmente com a exposição na galeria EIXO individual.

- Como Artista, quais as expectativas de retorno para o seu trabalho diante os sites, blogs e lives?
Minha expectativa de retorno do meu trabalho ou melhor eu não parei continuo criando no meu Atelier e minha última pesquisa tem sido desenhar sobre fotografia. Pretendo fazer um site, tenho participado de lives e tenho feito diversos cursos on line e participado de várias atividades através da internet.
Trabalhos recentes em exposição no site http://www.eixoarte.com
   - Quais atualmente são os canais virtuais que vc utiliza para divulgar seu trabalho? (Site pessoal, redes sociais, YouTube, sites de venda coletivos, blogs, lives, etc)
Eu tenho utilizado muito das redes sociais para divulgar meu trabalho. Uso mais o Instagram e o Facebook praticamente. O YouTube tem algumas trabalhos que eu botei no YouTube,mas eu também tenho assistido aulas pelo YouTube tenho feito reuniões pelo ZOOM e pelo Google Meet então eu acho que as redes sociais tem sido muito produtivas para os artistas.

- Que mensagem você gostaria de passar para os Artistas que estão se iniciando neste universo virtual?
Para os artistas que estão iniciando a utilização do universo virtual e o contato com outras pessoas conhecendo outros artistas trocando, interagindo, esse eu acho que é o propósito principal desse trabalho digital

- Qual a influencia do estado de “pandemia” em seu trabalho?
A partir da quarentena em março de 2020 procurei adaptar meu trabalho dentro do limite que eu tinha e saíram bons trabalhos que estão nesta exposição da EIXO.

- Que trabalhos vem desenvolvendo no momento?
O explicação do meu trabalho atual está resumido muito bem no texto do curador Vilmar Madruga para essa exposição que estou realizado na EIXO. (Agradeço a Sara Figueiredo pelo apoio)

ROSE AGUIAR E A SOBREVIVÊNCIA DA IMAGEM
Diante do acúmulo de imagens a que o homem moderno passou a ter acesso, ao olharmos para o trabalho de Rose Aguiar, podemos pensar num pós-vida ou sobrevivência da imagem como nos ensina Didi-Huberman. Um dos aspectos mais instigantes da fotografia de Rose Aguiar reside nesta espécie de apagamento da primeira função da imagem como documento do real, isto é, algo portador de informação. Em sua gramática própria a fotografia de Rose Aguiar se afasta da idéia fundante da presença do objeto em sí e inaugura novas dobras a partir de seu olhar sobre ele. Neste esgarçamento do poder informacional da imagem é que se dá sua pesquisa como podemos ver em sua trajetória e agora mais claramente, nesta exposição. A artista investiga a aparência de elementos distintos da matéria como o sólido, o líquido e o gasoso, quase como conteúdos simbólicos de subversão da função da imagem como simulacro, registro ou cópia do real. Uma grande escova de lava-jato desliza sobre o para-brisa de um carro. Uma panela de água fervendo, um papel alumínio sobre a chapa de um fogão, as águas agitadas de uma piscina ou as pedras de um rio, são corpos que perdem sua identidade para servir a imagem e contaminá-la com uma nova significação. Essa corporificação atualizada do objeto vai além de seu reconhecimento imediato e amplia a distância entre a noção primária que temos das coisas e o que nos é revelado sobre elas. Assim, como lembra Leila Danziger, esse desejo de imagem é carregado por um desejo de apagamento, de ruina, de desconstrução da imagem. Só há imagem em perigo. E o trabalho de Rose Aguiar nos dá notícia dessa expansão perigosa. Provocativa. Extremamente poética.
Vilmar Madruga, 2021

ROSE AGUIAR | EIXO Arte Contemporânea