O diálogo é uma questão existencial

Começando com uma fala de Paulo Freire… O diálogo é uma questão existencial porque compartilhar entusiasmo, direções, dúvidas e movimentos faz com que nosmantenhamos vivas. Eu venho sempre dizendo que pretendemos ser um espaço de criação, diálogo, exposição e ensino. Todas essas linhas se cruzam numa geometria que climatiza o acolhimento e celebra a diversidade e o ritmo da vida.

​Estabelecer um diálogo com os artistas e as pessoas que passam pelo ateliê Experiências Contemporâneas têm se igualado à fruição estética. É como ver Jaar no SESC Pompéia, êxtase! Uma sala ateliê que tem como mote fomentar o diálogo, o acolhimento, o estar junto, por si só é um ponto favorável para discutir arte contemporânea, tomar um cafezinho, fazendo brotar associações, parcerias e o que mais vier… 

Numa ambiência de dupla apreensão habitam a artista Adriana Nataloni que lida com os materiais inorgânicos descartados pela sociedade de consumo, recuperando-os em sua potência escultórica, sem usá-los na chave da reciclagem. Ao coletar restos da indústria, a artista opera no regime da história da arte ligada ao pop, devolvendo-os em esculturas, assemblagens e fotografias, e eu com colagens que trazem palavras, que se querem coisas e estão diante da linhagem conceitual como que para discutir visões de mundo e vestígios teóricos do circuito de arte.

Futuramente gostaria de fazer grupos de arte e filosofia nos seguintes eixos temáticos que me interessam: espaços, temporalidades e corpos técnicos| visualidade niilista (Nietzsche, Heidegger) | Arqueologia da intimidade (Bachelard, Sloterdijk) | Hermenêutica (Gadamer)| Obra de arte, trabalho de arte, imagem (Didi-Huberman, Warburg, Crary) | Linhas contemporâneas: Duchamp, Kosuth, Kaprow.

Os interessados podem me contactar pelo Instagram!

ALINE REIS | 19 setembro 2023

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