

Eliane Prolik
Eliane Prolik trabalha com esculturas, objetos, instalações e vídeos. Graduada em pintura, com especialização em história da arte do século XX pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1981 e 2000). Estuda na Accademia di Belle Arti di Brera em Milão (1985-86) e na Universidade Federal do Paraná cursa filosofia (1980-81). Integra a Bienal de Curitiba (2015 e 2017); 19ª e 25ª Bienal Internacional de São Paulo (1987 e 2002); I Bienal do Mercosul, Porto Alegre (1997); Bienal Brasil Século XX, FBSP (1994); Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (1995 – Prêmio e 1991). Exibe nas mostras: Sinalítica, MusA – UFPR (2017); A Cor do Brasil, MAR-RJ (2016); Arr, Espaço Cultural BRDE Curitiba (2015); O Estado da Arte e PR/ BR, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba (2010 e 2013) e O Espaço Aberto, Caixa Cultural Brasília (2011). Realiza individuais recentes: Aqui Semáforo no Projeto Infiltrações, Solar do Barão em Curitiba (2018); Pra Que, Pinacoteca de São Paulo (2017); Mudanças, Centro Cultural Sistema FIEP (2016); Matéria do Mundo, Museu Oscar Niemeyer (2014); Atravessamento, Museu Municipal de Arte de Curitiba (2012); Sim Galeria (2011); Tuiuiú no Projeto Octógono, Pinacoteca de São Paulo (2004) e Capulus, Centro Universitário Mariantonia – USP, São Paulo (2003).

Essas réguas sibilinas desde logo aparecem, surgem sem ter que se indagar sobre sua origem, vencem o retângulo apriori que inibe a presença atual da forma. Claramente, elas são da ordem da euforia e não da aporia ? tudo abre e se distende nesse presente estético que de imediato mobiliza o futuro. A sua única premissa é dinamizar-se indefinidamente, fugir a todo o custo de configurações fechadas. Ao mesmo tempo, contudo, empenham-se em afirmar unidades formais abertas mas convincentes. Em cada contexto de apresentação, elas se mostrarão ligeira mas necessariamente diferentes. Ao aderir ao entorno contemporâneo, não euclidiano, Defórmica anuncia a feliz possibilidade de ordens instáveis e transitórias, por isso mesmo, atraentes. Colada ao plano do mundo, em franca empatia com a matéria mais comum do mundo, ela convoca um olhar qualificado e exigente, que se renova pelo exercício constante de perceber e discriminar diferenciações formais básicas, a incluir sem distinção, com a mesma intensidade, geometria e luz.
Ronaldo Brito, critico e curador, em Direto Zigue-Zague,
texto do livro Eliane Prolik, 2011 ? Curitiba, Brasil




