
Paradigma
Como minhas pesquisas versam sobre a história da arte, a teoria da arte, a estética, a filosofia da arte, a hermenêutica e os paradigmas dominantes no circuito de arte contemporânea, o pensamento Decolonial e Antropoceno, achei que seria interessante trazer como contribuição o entendimento do que é um paradigma.
Em seu livro a Estrutura das Revoluções Científicas, Thomas Kuhn diz que: “um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade partilham(…) visto que “durante o período em que predomina a chamada ciência normal, a atividade exercida pelos cientistas está dirigida para a articulação dos fenômenos e teorias fornecidas por um determinando paradigma. Esse paradigma é, basicamente, um conjunto de suposições teóricas e realizações exemplares que guiam a atividade científica, impondo-lhe modelos, padrões elimites. A pesquisa científica ao fomentar leis, teorias, explicações e aplicações cria sempre modelos que estruturam as tradições científicas e, para Kuhn, os paradigmas são exatamente as realizações cientificas integralmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornece problemas e soluções para uma comunidade de praticantes de uma ciência.” ¹
A educação de um cientista é desenvolvida principalmente com base em manuais. A rigidez de suas crenças é comparável, dentre aos empreendimentos teóricos, talvez, somente à teologia. Conforme destaca Kuhn, o cientista em períodos de ciência normal, estão preocupados comapenas três de problemas: a determinação do fato significativo, a harmonização dos fatos com a teoria e a articulação da teoria.


Os cientistas partidários de uma determinada tradição da ciência normaltêm como atividade normal ou ordinária a resolução de enigmas. Para encontrar as respostas necessárias, se detêm em problemas com soluções asseguradas, enigmas cujas soluções já possuem um caminho determinado.Se são encontradas anomalias não são explicadas há uma crise que possibilitaa candidatura de um novo paradigma, inaugurando um período chamada de ciência extraordinária. Neste período as atividades dos cientistas centralizam-se na habilitação de um novo paradigma.
¹ Kuhn, Thomas. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1962. p.13.
ALINE REIS | 18 outubro 2022

