Digressões sobre Arte como Experiência

​Assenta sobre a experiência do fazer arte, a asculta sensível dos desdobramentos dos gestos, mesmo que pequenos e as perceptíveis escolhas que ora são satisfatórias ora são vividas como dúvidas atrozes. Um texto para ser animado 89 anos depois, necessita que o preenchemos de compreensões e todo o tipo de discussões.

​Manipular as palavras mecanicamente ou não, dotando-as de sentido prévio e enviesado, também figura um painel de intenções e problematizações que serão sempre muito bem apreciadas por aqueles que estudam o conteúdo e seus possíveis cortes e acidentes.

​Como nos ensinou Heidegger, o caminho a ser percorrido é outro. Dotar o texto de um sentido já sedimentado é uma das vielas a percorrer na interpretação. Animamos as palavras do autor fazendo-as nossas num pequeno átimo de vida. Repulsa, desorientação, concordata apreciação, entre outros, podem ser flashes de entendimento e de abandono.

Ana Maria Maiolino

​Venho empenhando em descolar e colar fragmentos e vestígios do entorno das filosofias do século XIX e início do XX, e como um decalque que não gruda mais, trazer a familiaridade da fenomenologia como ruela paralela. Se você é criado numa mentalidade, partir dela para outra, se faz necessário.

​A experiência de ler o livro (seja ele qual for) é impagável e conduz necessariamente ao diálogo com os seus próprios textos já lidos. Paira sobre sua compreensão a tradição e as suas próprias experiências filosófico-literárias. Fazer o jogo acontecer é uma das primeiras emoções que se tem.Embates FLA-FLU no calor dos acontecimentos.

livro do DEWEY

A forma como “pegamos” é análoga a maneira como os cabeleireiros seguram o cabelo, as manicures as mãos, quanto mais familiaridade mais aparece o que está por vir. Daí, a experiência se torna prazerosa, significativa e gerar frutos. É nesse espírito que vou me aproximando de Dewey.