‘Siron. Tempo sobre tela’ mostra trajetória do pintor Siron Franco
DOCUMENTÁRIO: Dirigido por André Guerreiro Lopes e Rodrigo Campos, documentário estreia nas plataformas de streaming
SIRON. TEMPO SOBRE TELA | 2021 | Brasil
Direção: André Guerreiro Lopes e Rodrigo Campos | Elenco: Siron
Classificação indicativa: 12 anos | Contém: Violência, Conteúdo Sexual e Linguagem Imprópria
Disponível nas plataformas Belas Artes A La Carte, Now, Vivo TV, Sky Play e Looke

https://www.belasartesalacarte.com.br/products/siron-tempo-sobre-tela
Disponível nas plataformas Belas Artes A La Carte, Now, Vivo TV, Sky Play e Looke, o longa-metragem combina filmagens caseiras do acervo do próprio artista (como a em que Ferreira Gullar aparece) e imagens captadas pelos cineastas. Parte do material foi feito em Londres, em 2000, quando a dupla conheceu Siron. Duas décadas depois, novos registros foram realizados no ateliê do artista, no estado de Goiás.

Uma das cenas do documentário “Siron. Tempo sobre tela”, estreia quinta-feira (25), mostra o encontro de Siron Franco com o poeta Ferreira Gullar. A certa altura da filmagem, o escritor dispara sobre o pintor goiano: “Acho que ele é um dos melhores artistas de todos os tempos”. Com direção do paulista André Guerreiro Lopes e do pernambucano Rodrigo Campos, o filme evidencia a genialidade de um dos mais respeitados nomes das artes visuais no Brasil.
A produção traz um panorama da trajetória artística de Siron, mas sem estar presa a uma cronologia. Essa não linearidade temporal condiz com a forma como o artista descreve seu processo criativo. “Na presença física de executar um trabalho, para mim, está o passado, o presente e o futuro, tudo junto”, diz o pintor de 73 anos, em determinado momento do filme.
O documentário foi exibido pela primeira vez em 2019, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Na ocasião, em entrevista à Folha de Pernambuco, o diretor Rodrigo Campos apontou o que mais o impressionou na personalidade de Siron. “Independentemente do que vier pela frente, ele sempre vai criar, mesmo que tudo esteja desmoronando. É um cara que pinta 12 horas por dia e não se satisfaz com o que já alcançou em termos de técnica e estética. Ele tem um compromisso ético absurdo com o ato de criar”, afirmou.

“Eu lembro mais das coisas que pintei do que das coisas que vivi”, diz, em certo ponto da abertura do filme, Siron Franco, tido por pensadores como Ferreira Gullar como um dos maiores pintores brasileiros de todos os tempos. Encadeando pensamentos e memórias em associações inusitadas e reveladoras, a dar foco ao tempo que brota da interação de um arquivo pessoal inédito com novas filmagens, o documentário ilumina a personalidade inquieta e a mente criadora do artista, onde fronteiras entre realidade, memória e sonho se dissolvem.
Nascido no estado de Goiás, Siron Franco é, nas palavras da crítica e historiadora de arte inglesa Dawn Ades, um dos mais importantes pintores brasileiros de todos os tempos. O filme investiga a arte e a vida de Siron com imagens captadas ao longo de duas décadas, combinadas com filmagens caseiras do próprio artista. O documentário tem sua gênese em 2000, quando os diretores André Guerreiro Lopes e Rodrigo Campos eram estudantes em Londres, onde o goiano estava produzindo telas inspiradas no bairro Soho.
Postagem com base em matéria Por Daniel Medeiros na FOLHA DE PERNAMBUCO | site “à lá carte”

